Milton Coelho criticou os movimentos grevistas, afirmando que entidades
sindicais não ''atentaram para o tamanho da crise que o país vive''
Para o secretario, o governo de Pernambuco tem tomado diversas medidas
de enxugamento e é ''muitíssimo enxuto''
Foto: JC
Online
O secretario de Administração de
Pernambuco, Milton Coelho, disse em entrevista à Rádio Jornal na
manhã desta sexta-feira (4) que o Estado não reuniu valores suficientes para o
pagamento do 13º salário dos servidores estaduais.
Há um mês, o secretário do
Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, garantiu que os
servidores do Estado iriam receber o 13º salário no final do ano.
Na ocasião, o Stefanni afirmou que a situação das finanças de Pernambuco
permitia essa previsão e chegou a afirmar que apenas se acontecesse “uma queda
muito brusca na arrecadação” a quantia não seria paga.
Em entrevista, Milton Coelho ainda
afirmou que o governo está trabalhando, mas não está com todos os recursos
garantidos para pagamento do décimo este ano. “Temos que pagar daqui até
dezembro, são dois meses e três folhas de salário. São R$2 bilhões e R$ 400
milhões que nós temos que pagar até o final do ano”.
Paralisação
Milton Coelho criticou os movimentos
grevistas, afirmando que entidades sindicais não “atentaram para o tamanho da
crise que o país vive”. “Estão querendo reajustes de salários quando a luta
verdadeira é pagar os salários em dia”.
O secretario acredita que a
movimentação realizada pelos sindicatos é política e antecedem a greve geral
prevista para acontecer no próximo dia 11: “estão fazendo mobilizações em
diversas categoriais, mas as adesões reais dos servidores são muito baixas. Nós
estamos fazendo um esforço incomum para manter o salário em dia. Se a gente
olhar para o outro lado, quem é servidor público e está recebendo em dia, está
num oásis, está no paraíso”.
Coelho ainda acrescentou e disse que
o Estado brasileiro está passando por essa crise e não pode falar nesse
instante em “concessão de benefícios, de ajuste de salários”. “Quando o
servidor para ele não penaliza o governo, ele penaliza a sociedade”, disse.
Para o secretario, o governo de
Pernambuco tem tomado diversas medidas de enxugamento e é muitíssimo enxuto:
“já tem o número de secretarias bastantes reduzidos”.
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