Foto: José Cruz/ABr
Presidente licenciado do PMDB, Temer minimizou os
embates com o PT nos Estados e disse que a parceria está ''consolidada'' para
2014
Da Agência Estado
Na semana em que o Tribunal Superior Eleitoral
legalizou o PROS e o Solidariedade, o vice-presidente Michel Temer considerou
"politicamente inadequada" a criação de mais dois partidos e admitiu que
até o seu PMDB perdeu "um pouco" a identidade. "Há muitas siglas
partidárias no Brasil e esse número excessivo não é útil para o País",
afirmou o vice.
Presidente licenciado do PMDB, Temer minimizou os
embates com o PT nos Estados e disse que a parceria está
"consolidada" para 2014. Embora o PSB de Eduardo Campos tenha
anunciado a entrega dos cargos no governo Dilma, Temer torce para que o
governador de Pernambuco não entre na disputa. "Se todos nós pudermos
trabalhar para que ele não deixe a base governamental e eleitoral será muito
útil para a aliança PT-PMDB", insistiu.
Leitor voraz e autor de poemas escritos em
guardanapos de avião, Temer recorreu a uma analogia ao garantir que não tem
receio de perder a vaga de vice. "Já andei em tantas estradas que, a essa
altura, a vice não é coisa de vida ou morte." Com o PMDB prestes a ganhar
o Ministério da Integração, ele disse que o partido está "preparado"
para ter mais espaço em eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Sobre a legalização de dois novos partidos, o PROS
e o Solidariedade, no momento em que o PSB desembarca do governo, Temer
comentou: "No plano legal, é perfeitamente legítima a criação de novos
partidos. Embora seja legal, politicamente é inadequado". Segundo o
vice-presidente, "há muitas siglas partidárias no Brasil e esse número
excessivo não é útil para o País". "Aqui, os partidos perderam
substância. Na época do autoritarismo, você tinha a Arena, a favor do status
quo, e o MDB, contra. Quem aderia a um deles sabia o que estava fazendo. Hoje,
com 32 partidos, eles perderam sua identidade", acrescentou.
Questionado se o PMDB perdeu sua identidade, Temer
disse que "um pouco". "O que ele não perdeu foi a função de
assegurar a governabilidade. Agora, nesses movimentos de rua, o que o povo
queria? O povo passou a exigir uma democracia eficiente e o PMDB está
trabalhando por isso", comentou.
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