Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta quarta-feira (25) revela que o aquecimento global e o El Niño são os principais responsáveis pelo recorde
A pouco mais de um mês para o fim
do ano, 2015 poderá ser o mais quente da história, afirmou nesta terça-feira
(25) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da Organização das
Nações Unidas especializada no comportamento da atmosfera da Terra. Segundo a
instituição, o aquecimento global e o El Niño são os principais responsáveis
pelas altas temperaturas.
De acordo
com o relatório, as estimativas indicam que a temperatura média da Terra este
ano chegará a 14,57°C, atingindo a marca significativa de 1ºC a mais que no
período pré-revolução industrial (1880-1889). É o maior nível já registrado
desde essa época. Segundo os dados, este ano já ultrapassou 2014, que detinha
as maiores altas de temperatura - são dois recordes sucessivos.
"É
bem provável que o limite de 1°C seja ultrapassado, uma péssima notícia para o
planeta", afirmou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, em comunicado.
Causas do calor - O El Niño (fenômeno causado pelo aquecimento
anormal das águas do Pacífico), combinado ao aquecimento da Terra provocado
pelo acúmulo da emissão de gases de efeito estufa, que aprisionam calor na
atmosfera, provocaram diversos fenômenos meteorológicos extremos este ano, como
secas e ondas de calor, que contribuíram para a constante elevação das temperaturas.
Estima-se que o El Niño alcançará, nos próximos meses, uma intensidade que não se via há várias décadas.
"Estamos
experimentando um intenso episódio do El Niño, cuja potência está aumentando.
Sua influência pode ser vista nas condições meteorológicas de muitas partes do
mundo e provocou um mês de outubro excepcionalmente quente", declarou
Jarraud.
O
relatório também avalia os cinco últimos anos, período que é considerado
"o quinquênio mais quente da história", com frequentes desastres
vinculados ao clima.
Esta
avaliação provisória do clima em 2015 foi publicada às vésperas do início da
cúpula mundial sobre a mudança climática, a COP 21, que terá início na próxima
segunda-feira (30), em Paris, na França. Espera-se que, durante o encontro,
chefes de estado e de governo cheguem a acordos que possam limitar as emissões
de carbono e, por consequência, também o aquecimento global. Os líderes internacionais
esperam impedir um aquecimento de 2°C em relação ao período pré-industrial.
(Da redação de Veja)
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