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PT quer indecisos agora; PSB já pensa no 2º turno

Petistas defendem militância na rua para ampliar vantagem, enquanto socialistas apostam na próxima fase

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RIO e SÃO PAULO — O PT aposta na força dos militantes para conquistar os eleitores indecisos e ampliar a vantagem de Dilma Rousseff sobre Marina Silva (PSB) na reta final do primeiro turno. Já o PSB luta para manter na casa dos 30% os índices de intenção de voto em Marina, garantindo a presença dela na segunda etapa da eleição.

A estratégia petista, decidida em reunião na sexta-feira, prevê atividades de rua no Sudeste, especialmente em São Paulo, onde Dilma e o ex-presidente Lula participarão de um comício amanhã. O maior colégio eleitoral do país também vai receber a candidata à reeleição na terça-feira e na sexta-feira, quando está prevista uma caminhada. Pesquisa Ibope divulgada na semana passada aponta uma vantagem de sete pontos percentuais de Marina sobre Dilma no estado. O levantamento indica ainda que 10% do eleitorado paulista está indeciso.

— A ordem no PT é ampliar ao máximo a mobilização na rua. Não vamos conquistar todos os indecisos, mas, historicamente, a tendência é que eles se movam para a candidatura que está na frente — diz o presidente do PT e coordenador da campanha, Rui Falcão.

O coordenador da campanha de Marina, Walter Feldman, diz que o percentual em torno de 30% é “uma alavanca importante de avanço para o segundo turno”. Há, nos bastidores, um sentimento de alívio com a proximidade do fim da primeira fase da eleição. Houve o temor de uma queda acentuada da candidata, possível efeito dos ataques sofridos. Agora, a campanha trabalha pela manutenção do eleitorado conquistado. Para a próxima fase, Feldman aposta nos indecisos como um fator de desequilíbrio a favor de Marina.

— Esses eleitores têm características em comum, como a rejeição aos políticos, e um acentuado questionamento ético sobre a classe política. Nesta faixa, a Marina é imbatível.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, tem duas estratégias para atrair eleitores indecisos e simpatizantes de outras candidaturas na última semana antes da eleição: defender sua candidatura como a mais preparada para derrotar a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, amenizando a tendência de “voto útil” em Marina Silva entre os eleitores que rejeitam a ideia da reeleição de Dilma; e manter o discurso anti-PT contra Dilma e Marina, que começou sua carreira política no partido.

A equipe tucana deposita as esperanças nos eleitores que não definiram em quem votar e naqueles que ainda podem mudar de uma candidatura para outra para reverter o quadro eleitoral e levar Aécio ao segundo turno.

PRESENÇA NAS RUAS

Nos últimos dias, entrou no ar na televisão uma inserção da campanha com o mote: “Aécio: o voto útil para vencer o PT”. Na aparição, o candidato diz que as pesquisas mostram a redução na diferença em relação à Marina e afirma que ele é quem tem mais condições de derrotar Dilma no segundo turno. O vídeo continuará sendo veiculado na TV e nas redes sociais. Durante as agendas de campanha, o próprio candidato tem dito que é na reta final que os eleitores decidem seu voto.

— Agora que os eleitores começam a se conectar (com a eleição) — disse ele, em São Paulo, na sexta-feira passada.

De olho no eleitor indeciso, o candidato vai priorizar a presença nas ruas, com caminhadas principalmente em Minas Gerais e São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais do país. A avaliação da campanha é que o poder de fogo da TV agora é pequeno, pois restam apenas dois dias de horário eleitoral no rádio e na TV pela frente

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Autor Everaldo Paixão

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