Sem cerimônia, pré-candidato ao governo do Estado
frisou a necessidade de retomar o "equilíbrio político"
Sem
esconder a satisfação em assistir à saudação dos correligionários ao seu
projeto majoritário, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) direcionou seu
discurso ao questionamento da hegemonia do PSB. Mesmo sem citar diretamente a
legenda do governador Eduardo Campos (PSB), o petebista frisou a necessidade de
se retomar o “equilíbrio político” do Estado que, segundo ele, não pode ser
representado por uma única corrente.
“A
história de Pernambuco é marcada por sua altivez política. É importante que
haja um equilíbrio das forças. O nosso tecido social não pode ser representando
por uma apenas uma corrente”, disse. Armando também enfatizou que o PTB é uma
força “autônoma”, mas que tem espírito “aliancista”. Ao mencionar o projeto
presidencial do PSB, endereçou um novo recado aos socialistas. “Aqui em
Pernambuco há vozes que se colocam numa posição de estranhamento em relação à
construção um outro projeto político dentro do nosso campo. Aqui a situação é
mais favorável em relação a uma nova candidatura nesse campo porque o
governador já foi reeleito. Abre-se um novo ciclo”, sentenciou.
Embora o
tom dos seus discursos e dos correligionários sinalizem para um afastamento do
PSB, Armando mantém, oficialmente, a postura de aliado. Não descarta, porém, a
possibilidade de o PTB vir a deixar o governo do Estado e a PCR. Disse que o
partido não tem “apego” a cargos e relembrou que a legenda deixou de participar
da gestão do ex-prefeito João da Costa (PT) mais de um ano antes da eleição.
“Os espaços que temos no governo são importantes, mas não temos grande
participação. Isso não está na pauta hoje, mas o PTB não terá dificuldade de
avaliar isso no momento apropriado”, afirmou.
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