Oposição quer Força Nacional em Pernambuco

Deputados querem Força Nacional ajudando a combater o aumento da violência no Estado

Oposição quer Força Nacional atuando nas fronteiras e fazendo trabalho de inteligência em Pernambuco

A oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe)quer que a Força Nacional de Segurança venha a Pernambuco para tentar combater o aumento da criminalidade do Estado. O grupo vai tentar se reunir com o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), para saber se há viabilidade para a solicitação de homens.

Segundo o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB), os homens da Força Nacional poderiam atuar por um período fazendo fiscalização de fronteiras e monitoramento de inteligência. Para o deputado, o governo federal também poderia destinar mais recursos para a área de segurança.

Em uma coletiva nesta quarta-feira (9), a bancada de oposição criticou o aumento no número de homicídios em Pernambuco. Como o Jornal do Commercio antecipou, outubro é o mês mais violento desde a criação do Pacto Pela Vida.

Só em outubro foram assassinadas 451 pessoas no Estado. Desde janeiro, 3,6 mil pernambucanos já foram assassinadas. É um número 12,9% maior que o mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria de Defesa Social.

"NÃO É CRISE"

Na coletiva, a oposição também apresentou número de quedas da violência na Bahia, Ceará e Alagoas; para tentar rebater o discurso do governo de que o aumento da violência é resultado da crise econômica.

"Existe um problema de gestão. Os números são contundentes. Não existe uma situação de descontrole da violência em outros estados", criticou Edilson Silva (PSOL).

GOVERNO REBATE

Para o líder do governo, Waldemar Borges (PSB), a oposição quer "tirar proveito" da existência de um problema sério, como o da violência. "A oposição nunca propôs absolutamente nada do Pacto Pela Vida. Sempre teve uma postura de torcer contra. Reduzindo um problema muito grave a mero objeto da luta política", disparou.

Para o socialista, é evidente que há uma crise que fez explodir o desemprego e prejudicou as receitas do Estado. "A crise foi provocada pelo governo ao qual essa oposição serviu. Curiosamente, naquela época também, para não perder o costume, nada propôs no plano federal. Muito menos essa ideia piortécnica de trazer a Força Nacional", disse.