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MUNDO: EUA minimiza força do anúncio de bomba H da Coreia do Norte

Coreia do Sul afirmou que retomará propaganda contra o governo de Kim Jong-un nas áreas fronteiriças

Protestos na Coreia do Sul contra o ditador do Norte, Kim Jong-un (Foto: AP Photo/Ahn Young-joon)
REDAÇÃO ÉPOCA

Autoridades da Casa Branca minimizaram, depois de análises iniciais, o anúncio da Coreia do Norte, que afirmou ter realizado testes bem-sucedidos com uma miniatura de bomba de hidrogênio (a bomba H), 50 vezes mais potente do que uma bomba atômica, na quarta-feira (6). Após a verificação feita por estações de monitoramento na Ásia, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, destacou que análise "não é consistente" com a reivindicação do país governado por Kim Jong-un.
A onda sísmica detectada na quarta-feira, de magnitude 5.1, é menor do que especialistas esperavam pela detonação de uma bomba termonuclear. Alguns estudiosos disseram que era possível o país ter aumentado, ou impulsionado, o rendimento de um dispositivo mais tradicional usando trítio, uma técnica comum em 70 anos de história de armas nucleares, conforme o jornal The New York Times.
"Até um impulso de bomba de fissão [que é a atômica, que destruiu a cidade de Hiroshima na Segunda Guerra Mundial] produz rendimento maior do que isso, então não achamos que este é um teste bem-sucedido", afirmou uma autoridade do Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
A Coreia do Sul deve retomar nesta sexta-feira (8), possível data do aniversário do líder norte-coreano Kim Jong-un, a propaganda antigoverno disseminada por alto-falantes nas áreas fronteiriças entre os dois países, segundo o NYT. A ação pode causar revolta em autoridades de Pyongyang, já que as mensagens põem em cheque a invunerabilidade do governo da família Kim, que desde 1948 comanda uma das nações mais fechadas do mundo.
Como medida para amenizar a tensão entre os dois países, a Coreia do Sul havia se comprometido, em agosto, a cessar a transmissão de mensagens por alto-falantes depois de um acordo com Pyongyang. Apesar das graves violações aos direitos humanos, além de uma persistente crise de alimentos no país desde a década de 1990, os cidadãos norte-coreanos veneram seus líderes e apoiam as diretrizes de Jong-un, no poder desde a morte de seu pai, em 2011.
Uma coalização da ONU com Seul, Washington, Pequim e outros governos busca maneiras de punir Pyongyang pelo anúncio de quarta-feira. O uso da bomba não foi confirmado ainda, apesar do terremoto registrado na área onde já foram realizados outros testes nucleares. O Conselho de Segurança da ONU começou a estudar sanções em resposta à Coreia do Norte.
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Autor Everaldo Paixão

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