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Samarco admite risco de rompimento em mais duas barragens

Segundo a empresa, estruturas de Santarém e Germano passam por "ações emergenciais" a fim de evitar novo desastre na região de Mariana (MG)
Da redação, com Estadão Conteúdo
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O gerente-geral de projetos estruturais da mineradora Samarco, Germano Lopes, admitiu nesta terça-feira que há risco de rompimento em mais duas barragens na região de Mariana (MG). 

“Tem o risco e nós, para aumentar o fator de segurança e reduzir o risco, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias”, afirmou Lopes, segundo o site G1.

De acordo com a empresa, controlada pelas gigantes da mineração Vale e BHP, o "fator de segurança" na barragem de Santarém é de 1,37 numa escala que vai de 0 a 2. Isso significa estabilidade de 37% acima do ponto de equilíbrio limite, que é 1.

A barragem de Germano, a mais antiga,  tem índice de 1,22, o que caracteriza uma "condição adversa".

Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, o diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco, Kleber Terra, também afirmou que "não é o caso de pedir desculpas à população" e que "ainda não é hora de discutir os efeitos de médio e longo prazo" do rompimento da barragem de Fundão, que jogou um mar de lama sobre o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, deixando 11 mortos e 12 desaparecidos.

"Estamos muito solidários e sofridos com tudo o que aconteceu. Operamos com técnicas de monitoramento de barragens que são referência, portanto, não podemos dizer que a tragédia poderia ter sido evitada", disse Terra, nesta terça-feira, 17, na unidade industrial de Germano da Samarco, em Mariana.

A empresa prestou esclarecimentos técnicos sobre as barragens e garantiu que "não está poupando recursos" para investigar as causas do rompimento e para monitorar, por meio de radares e drones, o risco de rompimento da barragem das outras duas estruturas.

O engenheiro civil geotécnico da Samarco José Bernardo Vasconcelos admitiu que a chuva forte que cai sobre Mariana nesta terça-feira é prejudicial, pois pode aumentar a erosão.

Os representantes da empresa explicaram que, diferentemente do que havia sido em princípio anunciado, a única barragem que rompeu foi a de Fundão. Dos 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos, 40 milhões desceram, erodindo Santarém.
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Autor Everaldo Paixão

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