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Pacto com Cunha e Renan poupa filho de Lula em CPIs

Grupos teriam firmado pacto de não agressão que beneficia PT e PMDB

REDAÇÃO ÉPOCA

Luiz Inácio Lula da Silva em evento nesta semana (Foto:  (Cláudio Reis/Ag.O Globo))


Aliados dos presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), atuaram na quinta-feira (5) a favor de Luiz Inácio Lula da Silva para evitar convocações do filho do ex-presidente em duas CPIs, informou o jornal Estadão.
Segundo o jornal, a "blindagem a Lula é o resultado das conversas conduzidas por ele e por outros petistas da confiança do ex-presidente com aliados de Cunha e de Renan nas últimas três semanas. Os dois grupos firmaram um pacto de não agressão que envolve interesses do PT, do PMDB e de vários políticos investigados pela Operação Lava Jato".
No dia 26 de outubro, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na empresa LFT Marketing Esportivo, em São Paulo, que pertence a Luis Claudio Lula da Silva, um dos filhos de Lula. A medida integra a Operação Zelotes, que investiga fraudes e tráfico de influência no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A PF também fez busca e apreensão na sede da empresa Marcondes & Mautoni Empreendimentos – que teria repassado R$ 2,4 milhões à LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio.
Em depoimento na quarta-feira (4), Luis Claudio negou irregularidades, destacando que sua empresa prestou serviços de marketing à Marcondes & Marconi entre 2014 e 2015, recebendo R$ 1,5 milhão pelo trabalho. Segundo seus advogados, o filho do ex-presidente relatou ter experiência em marketing esportivo por ter trabalhado em quatro dos clubes de futebol mais influentes de São Paulo. 
Ainda segundo o jornal, com a avanço das apurações sobre o entorno do ex-presidente, ele teme que eventuais ataques do PT a Cunha possam ser alvo de revide do PMDB na Câmara e no Senado. Lula também avalia que Cunha pode aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff para pressionar petistas a defendê-lo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Lula está convencido de que o canal aberto entre o governo e Eduardo Cunha ainda é insuficiente para barrar o movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff. A aliados, ele argumentou que a presidente precisa tomar para si a estratégia de aproximação com Cunha, sem delegála a terceiros. Para Lula, o gesto deverá desagradar a petistas – inclusive o ministro Jaques Wagner, elogiado em seu esforço de aproximação –, mas poderia ajudar a reconstruir pontes entre Cunha e Dilma.
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Autor Everaldo Paixão

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