O jogo de
palavras é sutil e conveniente para a classe política.
O
que está errado com o próprio título do artigo?
Somos uma
República, não uma Democracia. É a primeira definição dada pela
nossa Constituição.
O ato de
votar a cada quatro anos faz parte do processo Republicano, não da Democracia.
Numa Democracia nós votaríamos as leis diretamente,
nós decidiríamos o orçamento diretamente.
Como até
hoje fazemos em Condomínio de Prédios, onde todos os proprietários votam o
orçamento.
Como na
Grécia os porteiros e faxineiros (escravos segundo alguns) não votam,
felizmente para eles, porque senão eles teriam também que arcar com os custos
das reformas.
Numa Democracia todos pagam pelos benefícios que
auferem, e os pobres, neste caso os porteiros, não deveriam pagar pelos
benefícios que nós faremos para nós mesmos.
Hoje
graças aos políticos do PT, PSOL, PSDB, PMDB, são os pobres que subsidiam os alunos
da USP, são os porteiros e faxineiros que contribuem para os subsídios dos
juros dos empresários comprados pelo BNDES.
Sendo uma
República, o prefeito ou governador não podem
criar dívidas para o governo seguinte pagar, porque seus mandatos são de
somente quatro anos.
Querem
assumir dívidas para acelerar obras? Que as paguem até o último dia dos seus
mandatos.
Deixar
dívidas colossais para governos futuros é ferir a nossa Constituição, que logo
no início reza que somos uma República, não uma Democracia.
O jogo de
palavras é sutil e conveniente para a classe política.
Numa República não se pode contratar funcionários públicos além de quatro anos, muito
menos dar estabilidade de emprego. O mandato de todos é claro, de somente
quatro anos.
Se
mentirem o tempo todo dizendo que somos uma Democracia, então fica na cabeça de cada um que
fomos nós mesmos que decidimos criar uma monstruosa dívida para os governos
futuros, o que não é verdade.
Nós não
votamos em prol desta dívida, nós não votamos pela estabilidade de emprego do
funcionalismo público, porque não somos uma Democracia e sim uma República.
Uma
importante diferença que deveria ter sido ensinada no curso de jornalismo, mas
não foi.
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