Em entrevista à Rádio Jornal, prefeito se queixou do empréstimo de R$ 700 milhões com o Banco Mundial que ainda não foi liberado pela União.
Do JC Online
Geraldo Julio reuniu todos os secretários para anunciar medidas para economizar R$ 190 milhões em meio à crise
Foto: Andréa Rego Barros/PCR
Um dia após anunciar uma série de cortes e medidas para economizar R$ 190 milhões, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), afirmou na manhã desta sexta-feira (4), em entrevista à Rádio Jornal, que os cortes adotados na capital são duros e difíceis de serem realizados, mas que as medidas são suficientes neste momento. Anunciada nessa quinta (3), em uma reunião com todo o secretariado, a lista de ações do município incluem o corte de 300 comissionados e a redução de 189 carros na área administrativa.
"Foi uma reunião importante e necessária. O povo brasileiro está passando pela pior crise que já passou. A gente nunca tinha tido dois anos de queda na economia nacional. É notícia ruim seguida de notícia ruim", afirmou Geraldo Julio, que diz estar diminuindo gastos e gerando economia na gestão municipal desde novembro do ano passado. O Recife deve deixar de arrecadar R$ 290 milhões em 2015.
O prefeito garantiu que os cortes na área administrativas vão permitir a manutenção de serviços como o passe livre, a merenda das escolas municipais e o 13º salário dos servidores, além do cronograma das principais obras como o Hospital da Mulher, o Geraldão e os dois Centros Comunitários da Paz (Compaz).
"A gente está reduzindo carro na área administrativa para poder manter os meninos na escola. A gente está reduzindo cargos comissionados para fazer a operação tapa-buracos", explicou. Ele também prometeu continuar acompanhando o cenário econômico nacional.
EMPRÉSTIMO - Na entrevista, o prefeito também voltou a se queixar da não liberação de um empréstimo de mais de R$ 700 milhões que a Prefeitura do Recife tem acordado com o Banco Mundial e ainda não teve a liberação do Tesouro Nacional, porque o governo federal tem travado as operações de crédito de estados e municípios. Segundo Geraldo Julio, o Recife tem a menor dívida dentre as capitais do país.
"A gente negociou com o Banco Mundial em 2013. E desde novembro de 2013 a gente aguarda a liberação do recurso pelo governo federal. O recurso não é do governo federal. São R$ 700 milhões que a gente poderia estar aplicando em obras aqui na prefeitura e estamos aguardando essa liberação", disse.
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