Bandidos normalmente sabem quando estão
cometendo um crime.
Sabem também que se forem pegos terão
que pagar pelo crime.
Eles resolvem este conflito acreditando
que nunca serão “pegos”.
Quando são pegos, levantam as mãos e
aceitam a pena de prisão como parte da regra do jogo.
“São os riscos da profissão”, e cumprem
pena sem reclamar.
Os políticos envolvidos na Lava Jato
são caso à parte.
Eles nem consideravam que
estavam cometendo um crime.
E se fossem pegos, a própria classe
política iria salvá-los, porque no fundo eles são todos unidos, uma nova classe
que Karl Marx nunca imaginou.
Quando são pegos roubando, não morrem
de vergonha.
Pelo contrário, se enchem de orgulho.
Levantam a mão no gesto de solidariedade política socialista.
Eles não olham para baixo. Pelo
contrário, acham que estão sendo perseguidos pela direita, pela Veja, que são
vítimas de um ódio irracional.
Justificam-se psicanaliticamente
achando que no fundo todo mundo é corrupto.
Empresários são corruptos, empreiteiros
são corruptos, banqueiros são corruptos, e assim por diante.
O Brasil precisa é de bandidos de
verdade no Congresso e na política.
Bandidos que quando são pegos roubando,
levantam as mãos e com um sorriso maroto caminham para a cadeia cumprir pena.
Bandidos que renunciam quando são
pegos, sem mais nem menos.
Esta história de continuar a ladainha
de que somos coitadinhos, somos inocentes, é uma mentalidade pré-juvenil, de
crianças mimadas, não de membros de partidos políticos ditos éticos e cidadãos.
É vergonhoso que nenhum dos 33
políticos da Lava Jato teve a coragem de dizer:
“Errei, fui pego, peço desculpas,
admito que errei.”
Nenhum dos 33. Nojento!
Queremos bandidos de verdade na
política.
Bandidos honestos, aqueles que assumem
os riscos de sua “profissão”, levantem as mãos quando pegos, e peçam desculpas
no caminho à prisão.
Stephen Kanitz
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