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PINGA-FOGO: Um Engov antes, outro depois

Por: Giovanni Sandes

A segunda-feira foi de Engov no Palácio do Campo das Princesas, base do governo estadual, e no Planalto, federal. Cada um no seu quadrado, governistas do PSB e PT sofriam de azia e má digestão após derrotas nas eleições à mesa diretora, um da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), outro da Câmara dos Deputados. As implicações são diferentes. Na Alepe, o PSB não perdeu para a oposição. Mas demonstrou falta de liderança dentro do campo governista. É igual e diferente de Brasília, onde venceu à presidência da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), desafeto da presidente Dilma Rousseff (PT) que catalisou a insatisfação da base aliada.

Na Alepe, tudo começou com a reeleição do presidente Guilherme Uchoa (PDT) à revelia do PSB, que ainda perdeu o bonde decisório de novo. Sem indicado à presidência, o partido lançou candidato governista à primeira-secretaria, o socialista Lula Cabral, vencido por um nome que correu por fora, Diogo Moraes, também do PSB. Os 32 votos de Moraes vieram atrelados às seguintes opções para a presidência: 27 para Uchoa, quatro em branco e um para Edilson Silva (PSOL) – certamente do próprio psolista. Ou seja, Moraes recebeu voto até da oposição. Lula não teve mais que os 15 votos do PSB na Casa, sem apoio de nenhum dos outros 21 governistas.

A questão da Alepe denota falta de liderança no processo, mas com Uchoa e Moraes a Casa continua governista. Passa. Só o estômago dói de azia e queimação. É na Câmara que o desgaste vai durar mais. Cunha virou presidente com 257 votos, sendo 44 traições do bloco de Arlindo Chinaglia, do PT. É prenúncio de tempos difíceis, especialmente diante dos efeitos econômicos e políticos do escândalo da Petrobras

Aí um Engov antes, outro depois, pode ser pouco.
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Autor Everaldo Paixão

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