Guilherme Uchoa (PDT) marcha tranquilo para o quinto mandato consecutivo como presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Vai disputar com duas propostas “sonháticas”, para lembrar a expressão da ex-candidata à Presidência da República Marina Silva. São elas a do deputado Edilson Silva (PSOL), apoiado por si mesmo, e Rodrigo Novaes (PSD), que diz ter suporte de descontentes com a falta de alternativa real a Uchoa.
Ainda que mostrem simbolismo, as duas candidaturas não resistem à pedra cantada: a falta de um nome próprio do PSB, que agora se confirma. A sigla sozinha tem 15 das 49 cadeiras da Alepe, controle que chega a 36 assentos considerando toda a base aliada. O PSB poderia ter usado a força bruta para vencer a parada. Mas a quê custo?
Uchoa comprovou. É um aliado tão apreciado quanto temido, daqueles com quem não se deve mexer. Na conta dos votos, o pedetista poderia até ser vencido, com muita resistência. À coluna, socialistas falam em reserva: sem Waldemar Borges (PSB) na disputa, votarão em Uchoa, que mesmo para a oposição representa “dos males, o menor”. Resta ao PSB ser pragmático, marchar com Uchoa e compor a nova mesa diretora.
Pela inércia socialista, 2015 começa atípico no Estado: o líder do Legislativo demonstrou mais força do que o chefe do Executivo. A ponto de sequer ser desafiado.
Coluna JC Online
Por Giovanni Sandes
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