Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press
Paulo Câmara completou nessa quinta-feira (27) uma semana como pré-candidato do PSB ao Executivo estadual.
Nesse tempo, como previsto, demonstra rezar, sem titubear, pela cartilha do padrinho governador e presidenciável.
O discurso, naturalmente, vai sendo absorvido. Até mesmo o ritmo da fala e o tom de voz se aproximam dos de Eduardo.
O fato de ser um técnico “içado” do primeiro escalão socialista para uma disputa majoritária remete à realidade vivida pelo hoje prefeito do Recife, Geraldo Julio, em 2012.
Mas, diferentemente desse, Câmara demonstra espontaneidade. E, se esboçou nervosismo no dia do anúncio oficial, vai se livrando da insegurança de calouro.
Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
É imprudente concluir que ele está pronto e acabado para disputa. Afinal, o caminho é longo e certamente a inexperiência no trato com as ruas, os debates e as provocações virá à tona.
Porém, ao ouvi-lo falar sobre economia, legado de Eduardo e até mesmo sobre sua falta de traquejo em campanhas se vê que “desempenho pessoal” não deve ser quesito que preocupa o PSB.
Ainda que os mantras “vamos avançar” e “vamos fazer uma campanha conversando com as pessoas” estejam sendo repetidos o tempo todo, ele indica ter ímpeto para expor ideias que não constam, necessariamente, no script de assessores e marqueteiros.
Deve precisar de menos media training do que o prefeito. E essa capacidade de exercer autonomia e, quem sabe, de improvisação, pode dar aos socialistas um candidato menos “engessado” do que foi Geraldo.
A deficiência em “corpo-a-corpo” começa a ser suprida com a extensa agenda prevista para ele no carnaval. E, se ainda não fez, terá de aprender a fazer mesura na ponta do pé.
Fonte: Blog Josué Nogueira (Diário de Pernambuco)
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