Aumentar alianças
Hoje, Aécio Neves pode apenas contar com o recém-criado partido Solidariedade para as eleições de 2014. A sigla, capitaneada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, nasceu com o apoio do senador mineiro. O DEM ainda não bateu o martelo, mas deve estar ao lado dos tucanos no ano que vem. O PV, que tem pouco peso político, também pode chegar. E é só: mesmo o PPS, que se aliou aos tucanos em 2006 e 2010, já anunciou apoio a Eduardo Campos (PSB). Sem uma boa aliança, Aécio corre o risco de ter pouco tempo de televisão. Os próprios tucanos admitem que ele teria apenas um terço do espaço destinado à presidente Dilma Rousseff.
Popularizar-se
Em boa parte do país – especialmente no Norte e no Nordeste, Aécio ainda é pouco conhecido. Para aumentar seu potencial de votos, o tucano vai precisar passar pelo caminho obrigatório dos candidatos: viagens pelo país e um bom time de cicerones para apresentá-lo ao eleitor de cada região. Os estrategistas do senador apostam mesmo é na exposição midiática, que deve aumentar em 2014. Nos anos 1990, a estratégia era mais segura. Hoje, entretanto, a TV tem um peso menor na escolha do eleitor.
Achar o tom da campanha
Aécio Neves trocou de marqueteiro recentemente: Renato Pereira deixou a equipe por divergências com o senador e sua equipe. É uma prova de que o pré-candidato ainda precisa encontrar o tom adequado para sua campanha. Na última semana, ele lançou um documento com críticas ao governo e propostas para o país. Mas o formato do evento pouco revelou sobre o que virá na campanha eleitoral. O senador ainda chama pouca atenção do noticiário.
Escolher o vice
Em 2010, José Serra optou por Alvaro Dias, também tucano. Mas o DEM ameaçou romper a aliança e acabou forçando os tucanos a optar pelo democrata Indio da Costa – hoje no PSD. Neste ano, a pressão por um vice do PSDB deve se intensificar, já que o DEM perdeu peso político desde 2010 e o recém-criado Solidariedade é ainda menos expressivo. O vice de Aécio deve ser nordestino ou paulista, para conquistar votos em áreas-chave para o candidato. A decisão deve sair apenas na reta final da campanha.
Unificar o partido
O gesto de José Serra, que sugeriu na última semana que dirigentes do PSDB formalizem o do nome de Aécio como candidato, foi interpretado como uma desistência, mas pode ser apenas um sinal de que a disputa interna ainda não terminou: a ala paulista do partido ainda não aderiu totalmente à candidatura de Aécio. E, mesmo que tenha o consentimento do PSDB de São Paulo para sua candidatura, Aécio não sabe se vai contar com todo o empenho da ala serrista do partido durante a campanha eleitoral.
0 comentários:
Postar um comentário
Padrão