Após a saída do PSB do governo Dilma, pré-candidato
do PTB ao governo acelera as articulações para consolidar a sua candidatura
independente do apoio do governador Eduardo Campos
Armando promoveu três eventos na semana passada
para consolidar sua candidatura
Longe de
ser um segredo no meio político, o projeto majoritário do senador Armando
Monteiro (PTB) para as eleições de 2014 ganhou um novo impulso na semana que
passou. Se, por um lado, o petebista nunca tenha negado ou escondido seu antigo
sonho de candidatar-se ao governo do Estado, o tema nunca tinha sido, até
então, tratado de forma tão coesa e articulada como nos últimos dias. Numa
sequência de três eventos político-partidários, o pré-candidato procurou abrir
três frentes para consolidar sua postulação: mostrar um partido unido e
reforçado pelas novas filiações, trocar gentilezas com o PT e, principalmente,
encabeçar o discurso “pós-Eduardo”.
O momento
escolhido para abrir essa ofensiva não foi à toa. Tudo aconteceu poucos dias
após o PSB ter dado um poderoso passo rumo ao rompimento oficial com o PT ao
anunciar seu desligamento do governo federal. Ao convidar o deputado federal
João Paulo (PT) para prestigiar a filiação de um novo integrante do PTB – o
ex-conselheiro do TCE, Romário Dias –, Armando procurou mostrar suas
credenciais para se tornar o candidato da presidente Dilma Rousseff no Estado.
Disse que não seria “nada estranho” a formalização de uma aliança com petistas
e derramou elogios ao ex-prefeito do Recife, cotado, nos bastidores, para
compor uma chapa com o senador.
Simultaneamente,
lançou um tom crítico em relação ao governo Eduardo Campos (PSB), por mais que
tenha evitado confrontar diretamente o socialista. Armando não atacou a gestão,
mas procurou mostrar “calos” e lacunas deixadas por Eduardo. Citou dados
negativos, como a 19º posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) e mencionou a necessidade de investimentos em infraestrutura.
O alvo de
Armando é a propaganda oficial do governo. O petebista quis desconstruir um
discurso que chamou de “triunfalista”, mostrando que Pernambuco ainda não se
transformou num “paraíso”. Na hora de reconhecer os avanços da gestão, também
tentou repartir o DNA do sucesso da gestão. Enfatizou que “os verdadeiros
protagonistas do desenvolvimento do Estado” não são os “governos”, mas os
membros da sociedade civil. “Pernambuco precisa de menos governo e mais
sociedade”, disse, na última quinta-feira (26), a um grupo de 500 executivos.
FOCO
Outro foco de Armando foi a hegemonia do PSB no Estado, a mesma que o ajudou a eleger para o Senado, em 2010. Agora, o petebista reivindica um equilíbrio das forças políticas e liberdade para discutir os problemas do Estado, sem “patrulhamento”, conforme o próprio definiu. Publicamente, a reação dos socialistas foi discreta. Nos bastidores, o PTB se queixa do forte assédio às suas bases.
Outro foco de Armando foi a hegemonia do PSB no Estado, a mesma que o ajudou a eleger para o Senado, em 2010. Agora, o petebista reivindica um equilíbrio das forças políticas e liberdade para discutir os problemas do Estado, sem “patrulhamento”, conforme o próprio definiu. Publicamente, a reação dos socialistas foi discreta. Nos bastidores, o PTB se queixa do forte assédio às suas bases.
Para
fazer frente à pressão, o PTB anunciou duas filiações de peso: o prefeito de
Limoeiro, Ricardo Teobaldo, e Romário Dias, ex-deputado estadual e que já
presidiu a Assembleia Legislativa de Pernambuco. Amanhã, ganha outro reforço: o
deputado estadual Adalberto Cavalcanti (ex-PHS), dono de forte inserção do
Sertão do São Francisco. A promessa é de novos reforços na semana final do
prazo de filiação para quem deseja concorrer em 2014. Os nomes, no entanto,
ainda permanecem em segredo.
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