Policiais deverão chamar o socorro e preservar a
cena do crime.
Mesma resolução muda a forma de registro de confrontos.
Mesma resolução muda a forma de registro de confrontos.
Carla
ModenaSão
Paulo, SP
Em São Paulo, os policiais
militares não podem mais prestar socorro às vítimas de crimes graves. A Polícia
Militar deverá chamar o socorro e preservar a cena do crime.
O rapaz
ferido no chão participou de um roubo na Zona Sul de São Paulo. Foi baleado
pela polícia. Um cinegrafista amador gravou policiais militares à espera do
socorro, que chegou depois de 23 minutos. O rapaz sobreviveu.
A partir
desta terça-feira (8), os policiais que atenderem casos de lesões corporais,
homicídio ou tentativa, latrocínio, que é roubo seguido de morte, e sequestro
com morte, devem chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, ou
o serviço local de emergência.
A medida,
segundo o governo, tem dois objetivos: garantir um atendimento qualificado às
vítimas, prestado por médicos ou paramédicos, e fazer com que os policiais
preservem o local até a chegada da perícia. “Nós reputamos que é mais
importante a qualidade do atendimento em benefício daquele que é ferido do que
a urgência e a precipitação que, às vezes, pode levar a resultados muito mais
danosos e irreversíveis”, diz Fernando Grella Vieira, secretário de Segurança
Pública de São Paulo.
O
promotor Felipe Levy Zilberman acha que a resolução pode prejudicar as vítimas.
“O que não pode acontecer é que uma pessoa venha a morrer, ou uma pessoa deixe
de ser atendida diante de policiais militares, que ali estão a tudo assistindo
e que não prestem o socorro”, afirma.
A mesma
resolução muda a forma de registro de confrontos entre suspeitos e policiais.
Deixa de ser "resistência seguida de morte". Passa a ser "lesão
corporal ou morte em decorrência de intervenção policial".
“Queremos
que aquela ação do policial seja apurada convenientemente, por isso a
nomenclatura de morte em decorrência de intervenção policial. Se o policial
agiu de forma respaldada pela lei ou de forma equivocada ou ilegal, isso vai
ser apurado posteriormente”, diz Benedito Roberto Meira, comandante-geral da
Polícia Militar de São Paulo.
g1.globo.com
PM é proibida de socorrer vítimas de confronto
Os Policiais Militares de São Paulo não poderão
mais socorrer vítimas de confronto. Uma resolução do Governo do Estado
determina que a PM chame o socorro (Samu, Resgate ou equipe médica que esteja
mais próxima) e preserve o local até a chegada da perícia.
O objetivo desta medida é evitar que os policiais
possam alterar as cenas de crimes, além de preservar a vida das vítimas que
serão atendidas por profissionais habilitados. Essa medida também vale para
casos de homicídio.
A resolução também tem uma orientação nos casos de
registros policiais, determinando que as autoridades devam substituir
expressões como "auto de resistência", "resistência seguida de
morte", deverão ser substituídas, dependendo do caso, por "lesão
corporal decorrente de intervenção policial e "morte decorrente de
intervenção policial".
De acordo com estudiosos, essa medida está sendo
colocada em prática para evitar mortes provocadas pela própria polícia. A
versão dos relatos poderá ser esclarecida através de provas e não apenas de
suposições.
Antes o registro era de que a pessoa morreu porque
resistiu e reagiu a uma abordagem policial. Agora, ficará claro que a vítima
morreu por causa da ação do policial e caberá só à Justiça decidir.
A outra mudança é que todas as vítimas e
testemunhas de crimes devem ser levadas imediatamente para delegacias. Hoje, em
alguns casos, elas são antes encaminhadas a um batalhão da PM.
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